CDS quer que o Governo apresente estudos que demonstrem o retorno e a rentabilidade na aplicação de dinheiro do Fundo de Estabilidade Financeira da Segurança Social na reabilitação urbana.
Depois de António Costa ter anunciado que vai aplicar 1400 milhões de euros deste fundo na recuperação de património, o vice-presidente centrista Adolfo Mesquista Nunes diz que é preciso conhecer estudos que "afastem o perigo de especulação" para que o debate "político" se consiga fazer.
Em declarações à Lusa, o ex-secretário de Estado diz que o Governo "deve “clarificar quais é que são os critérios que vão presidir à aplicação do fundo”. Na semana passada, o primeiro-ministo adiantou apenas que o Executivo considera que a reabilitação urbana "terá de ter uma forte componente de promoção da oferta de habitação para arrendamento acessível, de modo a chegar a uma faixa importante da população que hoje se encontra excluída do mercado habitacional por razões financeiras."
A aplicação de 1400 milhões de euros do fundo permitirá assim alargar também as fontes de financiamento da Segurança Social, comentou então António Costa. Mas Mesquita Nunes diz que para fazer esta diversificação dos investimentos do fundo, o Governo tem que apresentar "os estudos que demonstrem o retorno e a rentabilidade daquele investimento, que demonstrem que está afastado o perigo de especulação”
No seu discurso, o primeiro-ministro disse também que o executivo vai "disponibilizar um conjunto alargado de apoios públicos para captar o interesse de aderentes privados, que pratiquem valores de arrendamento acessíveis, com intuito lucrativo, mas abaixo do preço de mercado e enquadrados com os rendimentos médios dos agregados familiares".
FONTE: VISÃO.SAPO.PT | 6ABR2016