O CDS e o PPE, o Partido Popular Europeu _
Fundado em 1976, o Partido Popular Europeu (PPE) é a família política europeia do centro-direita, cujas raízes são profundas na história e na civilização do continente europeu, sendo pioneiro no projeto europeu desde o seu início. O Partido foi inspirado pelos que são considerados os pais fundadores da Europa -Robert Schuman , Alcide de Gasperi , e Konrad Adenauer. No início de 1920 verificaram-se os primeiros movimentos políticos do centro-direita europeu. A primeira tentativa de cooperação entre partidos democrata-cristãos foi feita em 1926, com a criação da Secretaria Internacional de Partidos Democráticos de inspiração cristã. As experiências de cooperação entre 1925 e 1939 foram fundamentais para as lideranças do centro-direita europeu, quando foram reestabelecidos ou recém-fundados os partidos democrata-cristãos na Europa, os quais fundaram as designadas Novas Equipas Internacionais (NEI), em 1946, após a Segunda Guerra Mundial. A partir de meados da década de 1950 em diante, o NEI perdeu relevância. Com a Comunidade do Carvão e do Aço Europeia e a fundação da Comunidade Económica Europeia (CEE), a cooperação prática entre os democratas-cristãos foi gradualmente transferida para o entendimento na Assembleia Comum da CECA e mais tarde no Parlamento Europeu. Com a realização de eleições diretas para o Parlamento Europeu em 1979, a necessidade de existir um partido verdadeiramente europeu tornou-se evidente. Assim, um ano antes, fundou-se a União Europeia Democrata-Cristã, juntando os partidos democrata-cristãos e os partidos conservadores europeus, revendo os principais objetivos da organização. A União Europeia Democrata-Cristã construiu uma relação mais próxima com o grupo parlamentar dos democratas-cristãos europeus e os partidos membros nacionais. A criação formal do Partido Popular Europeu (PPE) ocorreu em 1976, no Luxemburgo, com partidos membros a partir dos seguintes países da então CEE: Bélgica, Alemanha, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Países Baixos, com o primeiro-ministro belga Leo Tindemans como seu primeiro presidente. Após a fundação do PPE, existiu uma enorme pressão para estabelecer laços formais entre democratas-cristãos e forças conservadoras, pressão essa, exercida pelos partidos da União Europeia Democrata-Cristã em países que não eram membros da Comunidade Europeia. Mas devido à forte insistência do PPE sobre o modelo federal da integração europeia levou à formação da União Europeia Democrática (EDU), uma organização pan-europeia mais ampla. Passando a existir três organizações políticas paralelas de democratas e conservadores cristãos na Europa. A questão da fusão do Partido da União Europeia Democrata-Cristã volta à tona quando Espanha e Portugal aderiram à Comunidade Europeia em 1986, mas os acontecimentos revolucionários que tiveram lugar em Moscovo e em outras capitais do Leste Europeu atrasaram a ideia de um "grande" Partido Europeu. O caminho percorrido pelo Parlamento Europeu, passando de Assembleia a um verdadeiro Parlamento, acompanhou a construção da UE. A geração que seguiu os pioneiros estava determinada a promover uma integração europeia pragmática que permitisse à economia europeia modernizar-se e evoluir para um grande mercado único. À medida que a Europa se tornava mais integrada, as suas instituições desenvolviam-se para poderem lidar com os novos desafios. O Parlamento Europeu introduziu eleições universais diretas pela primeira vez em 1979. Nessa ocasião, o nosso Grupo mudou o seu nome para Grupo do Partido Popular Europeu (Grupo Democrata-Cristão). A família PPE ocupou mais uma vez o lugar de destaque ao encabeçar a integração europeia, após a queda do Muro de Berlim e o fim eminente do comunismo totalitário na Europa Central e de Leste. Inspirado pela ideia da reunificação, o PPE apoiou e ajudou a emergência de democracias pluralistas nos países anteriormente comunistas e defendeu, firmemente, que o continente dividido deveria de novo ser unificado. Os partidos não-comunistas, que aderiram a valores do centro-direita, ganharam na Europa. O povo apoiou a nossa visão de um continente reunificado nas eleições europeias de julho de 1999. Somos, desde então, o maior Grupo no Parlamento Europeu. A nossa abertura e amplitude permitiram, também, que a nossa família política se adaptasse para englobar o centro-direita, no sentido lato. Os Partidos Democrata-Cristãos, que formavam o núcleo do nosso Grupo nos anos do pós-guerra, ajustaram a sua filosofia política para se adaptarem à evolução do eleitorado e o Grupo abriu-se aos grupos políticos moderados e conservadores da Escandinávia e da Europa Central e de Leste. O Grupo também alterou o seu nome para Grupo do Partido Popular Europeu (Democratas-Cristãos) e dos Democratas Europeus durante o período entre 1999-2009. O Grupo passou de novo a Grupo do Partido Popular Europeu (Democrata-Cristão) em junho de 2009. A família PPE moldou a história da integração europeia. Hoje em dia, e quando a Europa enfrenta de novo grandes desafios, continuamos a honrar este legado, permanecendo fiéis às nossas convicções: uma Europa unida, baseada nos valores da dignidade humana, da liberdade, dos direitos humanos, do Estado de direito, da solidariedade e da subsidiariedade. No seu XX Congresso realizado em Bucareste, a 17 e 18 de outubro de 2012, o PPE aprovou o Manifesto em anexo.
MANIFESTO PPE 2012